sexta-feira, 30 de maio de 2014

Um fim-de-semana bem preenchido


Este fim-de-semana vou duas vezes a Londres. Uma para almoçar com ex-colegas de FEUP. Eu sou o segundo da lista de conversadores e vou fazer uma pequena apresentação da minha vida antes e depois de Cambridge:




No domingo às 15:10 vou atirar-me para as águas do Hyde Park participando na Prova Aberta integrada na Etapa de Londres do Campeonato do Mundo de Triatlo.
 



quarta-feira, 28 de maio de 2014

Um passeio ao Blakeney Point e costa Norte do Norfolk (Parte 2/2)

Depois fomos à praia. A praia de Holkham é bonita, com areia fina e clara e conchinhas. 




Conchas que magoam os pés


Mas todo o ambiente natural à volta não faz lembrar que estamos perto da praia. Há campos verdes com cavalos e vacas e não se sente a brisa marítima, por isso eu só acreditei que realmente estávamos perto da praia quando chegámos à areia. 

Ainda falta muito?


Mas de facto não estávamos assim muito perto da praia quando estacionámos, porque tivemos que caminhar cerca de 15 minutos até chegar junto da água. 
 À hora que chegámos (cerca das 4 da tarde) a praia estava a fechar... Ou pelo menos parecia, porque estava toda a gente a vir embora. 

Pessoal? Já acabou?
 O Dress Code da praia era Kispo e galochas e mesmo assim havia poucas pessoas dentro de água excepto algumas crianças. 

Moda Primavera/Verão em Holkham

Eu mantive o meu Kispo vestido mas o Miguel e o nosso amigo Edgar foram mesmo tomar banho. 
Eu apenas toquei com uma mão na água e achei fria... 





É incrível a falta de oferta hoteleira! Só vimos uma carrinha de gelados (que eram ótimos) e a preço normal, nem se deram ao trabalho de colar autocolantes em cima dos preços! 


Os castelos poderiam ser transformados em hotéis

Gostei de visitar a minha primeira praia inglesa, mas à próxima levo galochas e fato isotérmico para também poder ir à água!
Mais tarde continuámos a andar de carro paralelamente à costa mas sempre a alguns quilómetros de distância.
Muitas das praias ficam tão longe que devem ser praticamente virgens.


Pormenor da Costa do Norfolk

Classificação (de 1 a 5, M/L):
Monumentos (não aplicável)
Beleza Natural 5 / 4
Cidade 3 / 3
Espaços Verdes 5 / 4
Limpeza 4 / 4
Simpatia dos Habitantes 3 / 4
Média: 3.9
Custo por pessoa: £11.30 (Gasolina) + £10 (Visita às focas) + Sandes levadas de casa
Tempo para visitar: 1 dia (inclui viagem)
Valeu a pena? Sim, foi muito bom! Mas a melhor altura deve ser quando há bebés. Nesta altura do ano só vimos father focas e mother focas.

Cambridge Beer Festival



Na última semana decorreu o Cambridge Beer Festival e não podíamos deixar de estar presentes.
Eu (Miguel) gosto particularmente deste festival, porque junta imensas pessoas à volta de copos de Pints.
- Pois, mas tu não gostas de cerveja?
- Mas eles até oferecem bebidas sem álcool ao condutor designado!
- Pois, mas tu de bicicleta ias conduzir alguém?
- Não, mas podia pagar na mesma as bebidas.
A verdade é que bebi Hidromel, das poucas coisas sem bolhinhas que havia por lá. Mas também comi um cachorro com salsichas da Cumberland e, imagine-se o que havia:
- Uma banca de queijos para comer mesmo ali.
E foi essa a melhor parte de degustação do festival. Deixar que os bebedores bebessem à vontade enquanto eu comia o meu queijinho.
Este evento é organizado pela CAMRA, a campanha para uma Ale real. Uma associação que defende a cerveja tradicional inglesa para quem gosta de a beber quentinha e com pouco gás (sem nenhum é que era, com pouco fica a desejar).

Em Inglaterra há sempre alguém a defender os direitos dos mais necessitados

 Como um dos queijos era salgado fiquei com imensa sede. Algo complicado num Festival de Cerveja. E como também me apetecia algo doce, lembrei-me de ir comprar um belo batido de chocolate.
Confesso que não gostei muita da cara de estranha da rapariga que me atendeu. O que é que tem pedir um batido num Festival de Cerveja?
E não foi a única. É que pouco depois, quando me encontrei com o meu amigo Edgar e os seus colegas inglesas, uma rapariga olhou para o batido e disse completamente chocada:
-What the fuck?
Acho que tenho que fazer um esforço para me adaptar ao estilo de vida inglês.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Um passeio ao Blakeney Point e costa Norte do Norfolk (Parte 1/2)



Hoje vamos falar da nossa visita no último fim de semana à costa Norte do Norfolk e a um ponto muito específico. Blakeney e a sua reserva natural.
Como nós gostámos imenso deste dia e há muito para contar, decidimos dividir este post em dois.
Hoje começamos por Blakeney Point, onde fomos desaguar após 2 horas de carro. Trata-se de uma zona de Saltmarsh (Uma espécie de pântano de água salgada que é inundado em função das marés).
Daí que era habitual ver na maré baixa imensos barcos a quilómetros da água.


Barcos encalhados a quilómetros da costa


Blakeney é uma pequena vila que tem tudo o que é essencial para uma vida de qualidade: Uma feira de livros usados, uma feira de antiguidades e um pub de 1760.

Pub King's Arms

 A principal actividade económica consiste na apanha do caranguejo por crianças com baldes de praia com um caranguejo desenhado. O isco dos caranguejos são rodelas de chouriço cortadas aos bocados.

Porto de Blakeney com uma série de mini-pescadores de caranguejos ao fundo

Mas não pensem que as crianças apenas trabalham. No final têm direito ao desporto oficial de Blakeney. Escorregar na lama com fatos isotérmicos vestidos. 

50 coisas que deves fazer antes dos 11 anos e 3/4

Nesta zona também existia uma paisagem campestre com campos de flores desconhecidas e cavalos a pastar.



Há que pôr os terrenos a render

Mas os cavalos não era os únicos mamíferos por lá. Apanhámos um barco e fomos ver uma colónia de focas que passa os dias a apanhar sol.

Focas a apanhar sol

Esta foca é branca no Inverno

Para mim, a evolução quando criou as focas esqueceu-se de um pormenor: as patas e elas coitadas parecem um cão gordo inacabado. Mas não é por isso que não parecem um animal simpático. Parecem é precisar de uma coisa destas.



O que ela nã daria por umas patas

Procrastinação

Por lá também existia uma colónia de pássaros, os garajaus ou andorinhas-do-mar. Bem mais bonitos que as gaivotas


Andorinha-do-mar

No próximo post a Leonor vai falar da sua visão do resto deste dia memorável.

Vê mais fotos no Album do Facebook

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Um passeio ao Fulbourn Fen

Fulbourn Fen


Na última sexta-feira fui com vários colegas de trabalho visitar o Fulbourn Fen, uma área protegida bem perto de minha casa (uns 3 km) e que faz muitas vezes parte dos meus treinos de corrida desde que a conheci há alguns meses.
É uma área de vários hectares que junta a floresta (algo raro por Cambridgeshire, o condado com menos floresta do Reino), áreas de pasto e Fens.


Buttercups our Ranúnculo em Português


Tem uma flora variada, bem como várias espécies de aves. Mas, se eu já sou mau com nomes de espécies em português, ainda sou pior com nomes de espécies em inglês. Mas parece que Orchid quer dizer Orquídea. E havia bastantes por lá.

Orquídea
 Os meus elevados conhecimentos em zoologia permitiram que eu descortinasse as duas espécies de mamíferos com mais exemplares visíveis em toda a área:

- Homo sapiens sapiens (uns 20 exemplares)
- Canis lupus familiaris (uns 10 exemplares)

Vários exemplares de Homo sapiens sapiens no Fulbourn Fen

A visita foi guiada pelo director do programa de ciência da UNEP-WCMC, o Neil Burgess, que nos ensinou escutar os pássaros e a commer as folhas de muitas plantas que apareciam pelo caminho:

- Try this! It tastes horrible!

Foi muito bom aprender um pouco mais de uma área tão perto de minha casa. Agora quando fôr lá correr vou ver tudo com outros olhos.




Classificação (de 1 a 5, M):
Monumentos 1
Beleza Natural 4
Cidade 3
Espaços Verdes 4
Limpeza 4
Simpatia dos Habitantes 3
Média: 3.17(Satisfaz)
Custo: £0.0
Tempo para visitar: 2h (inclui viagem)
Valeu a pena? Sim 

domingo, 25 de maio de 2014

As eleições europeias no país que julga estar fora da Europa

Quando alguém aqui na Grã-Bretanha apanha o comboio em Saint Pancras em direcção a Paris ou a Bruxelas diz que vai para a Europa.
Os supermercados que têm apenas produtos de outros países do continente são os European Supermarkets e quando se apanha o avião para cá tem que se mostrar o Cartão do Cidadão porque não assinaram o Acordo de Schengen.
Pois bem, se as eleições europeias para os europeus que se consideram europeus já são uma valente seca com níveis de abstenção semelhantes aos níveis exibicionais do Porto do Paulo Fonseca, para esta gente que vive num continente algures entre a Europa e a América seria então um Deserto do Sahara.
 Mas não é! E tudo graças a um senhor e ao seu partido: Nigel Farage e o UKIP.

 http://www.thetimes.co.uk/tto/multimedia/archive/00454/137400969_Nigel_454505b.jpg

Com uma campanha baseada na saída da UE (pois, não são europeus) e em fechar as portas a imigrantes com uma demagogia tão grande como o buraco na defesa do Porto do Paulo Fonseca.
E é isso que as pessoas gostam de ouvir, mesmo sabendo que os imigrantes descontam mais, usam menos os sistemas de saúde e de protecção social e vêm equilibrar a pirâmide etária o que permite que muitos reformados racistas recebam a sua reforma.
Mas a maior piada de isto tudo é que o partido acaba por defender a sua auto-aniquilação já que não tem um único assento no parlamento britânico e apenas está representado em Estrasburgo. Ora, se o Reino Unido sair da União Europeia, o que não é um cenário tão fora de hipótese quanto isso, o UKIP sai do seu único palanque, a não ser que ganhe lugares no parlamento nacional (o que, diga-se não será impossível a médio prazo).
Ainda para mais, Nigel Farage quer trabalhar no Parlamento Europeu, que não é em Inglaterra, mas que roda entre Estrasburgo, Bruxelas e Luxemburgo, ou seja ele não será mais que um imigrante em 3 países ao mesmo tempo. Isso é tão coerente como o Paulo Fonseca bater palmas depois de sofrer um golo.

Ninguém estará certamente satisfeito com o rumo que a Europa teve nos últimos anos, mas todos os países são um pouco mais fortes estando unidos na maior economia mundial. Por isso, a saída do Reino Unido é um tiro no pé, e o fecho da porta a imigrantes será um tiro no outro pé. Mas parece que se vê um caminho lento para o abismo como se viu com o Porto do Paulo Fonseca.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

As minhas primeiras eleiçoes!

Hoje fui pela primeira vez votar desde que cheguei. Como não me registei nas europeias, votei apenas nas autárquicas.
As eleições cá são um bocado diferentes. Para começar são à semana, o que impossibilita os políticos desculparem os altos valores de abestenção com idas à praia.
E que ninguém diga que o problema é trabalhar, porque as Mesas de voto estão abertas das 7 da manhã às 10 da noite e ninguém cá trabalha tantas horas seguidas.
Outra coisa diferente é o lugar onde se vota. Não são escolas como em Portugal porque à quinta-feira há aulas, portanto onde é que poderá ser?
Claro, é mesmo onde estás a pensar: Numa autocaravana estacionada no parque de estacionamento do Tesco junto a minha casa. E ainda bem, nada melhor que uma mesa de voto a 200 metros de minha casa.

Mesa de voto


Mesmo sendo uma caravana, há coisas que nunca mudam, havia urnas, o local para votar era parecido e lá estava o cordel a amarrar um lápis. Espera lá, um lápis? Sim, um lápis.
Apesar de ainda morar dentro do perímetro urbano de Cambridge, a minha casa está uns 20 metros fora da área de abrangência do Cambridge City Council. Portanto voto para o South Cambridgeshire District Council. Aqui as eleições autárquicas ocorrem todos os anos excepto num (quando se vota para o County Council) e de cada vez são eleitos um terço dos conselheiros.
Ou seja, os órgãos autárquicos vão rodando e são sobretudo órgãos colegiais, que decidem por maioria.
Para além disso só se vota num candidato, que neste caso representa a minha freguesia (Parish) de Fulbourn. No meu caso apenas tinha dois candidatos: o John Williams (Liberal Democrata) e o David Dobson (Trabalhista). Após ler as suas propostas acabei por escolher o meu candidato. E tu? Se votasses em Fulbourn quem escolhias? O John ou o David?

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Um triatlo em terras britânicas

Este post é publicado em conjunto com o meu outro blog (Vou de bicicleta)

https://lh6.googleusercontent.com/-jCcbgvGLvS0/U3jReexTU5I/AAAAAAAAD_4/b_doXdFavZ8/w1347-h898-no/2014-05-18+10.28.41-1.jpg 

Neste fim-de-semana participei no meu primeiro triatlo deste ano em terras britânicas. Mas não era um triatlo habitual: Era o Eastern Region Club Championships, uma prova de estafetas em que competiam os clubes da região Este de Inglaterra, num lago junto à cidade de Bedford.
Eu estive a representar o meu clube inglês, o Cambridge Triathlon Club (um nome muito imaginativo) e por lá se encontravam outras potencias da modalidade como o East Essex, o King's Lynn, o Ely e o Tri Anglia.
Inscrevi-me nesta prova praticamente sem conhecer ninguém do clube, já que apenas vou a alguns treinos (no máximo 2 por semana) que têm muita gente e que varia de semana para semana. Este desconhecimento implicava:

a) Nunca ter visto o tipo que me deu boleia;
b) Nunca ter visto o casal que fazia equipa comigo (sim, eram 3 por estafeta).

Mas nada que me amedrontasse, os ingleses são sempre simpáticos e educados.
No início da prova era só gente nova e pouco falei com eles, mas no final até fomos todos ao pub almoçar e fartaram-se de falar comigo.
Mais engraçado foi o meu colega masculino logo no início:

- És de Portugal? E vieste de propósito ao Eastern Region Relays?
- Claro, está lá toda a gente a apoiar-me, toda a gente segue e vai dar na televisão.

A fazer amigos com respostas parvas desde 1981.
Ah, e como funciona isto das estafetas:
Primeiro nadam os 3 alternadamente, depois pedalam os três alternadamente e por fim correm os três alternadamente. Eu era sempre o do meio

Mas vamos lá anunciar os sectores:
 Natação
 A minha colega nadava bastante bem e fez uma boa prova. Eu nem por isso, Acabei por nadar 100 metros a mais por andar perdido (estou habituado a nadar no meio de muitos e não a entrar na água quase sozinho e por isso perdi-me. Perdi-me tanto, que numa das vezes teve que ir um senhor de Kayak dizer que eu estava a saii da pista. Mas mesmo assim fiz um tempo abaixo dos 15 minutos, o que até revelou um bom sector.
O meu colega não era muito bom nadador e fez um tempo um pouco pior.

Parte original do percurso: Nadei num lago em que existia uma coisa tipo teleski para wakeboard.

 




Ciclismo
Em Inglaterra são raros os triatlos em que o trânsito estava cortado. AInda para mais, o percurso do parque de transição até à estrada tinha algumas centenas de metros pela relva e terra.

Sim, iamos or aquele espaço entre as árvores ao fundo à esquerda

A minha colega que nadava bem, andava devagarinho e demorou mais de 40 minutos a fazer o seu percurso. A mim até correu bem, muito embora tenha saltado a corrente antes da única colina que subíamos e o tempo que contei incluísse quase um quilómetro a transportar a bicicleta pela relva à mão.
Mesmo tendo feito mais de 40 minutos (30 km/h) o tempo líquido a pedalar foi bem menor, e a minha bicicleta já vai para os 16 anos e uso-a todos os dias. No final até ganhei 3 lugares, o que foi muito bom.
Já o meu outro colega que nadava mal. Era um grande ciclista e fez menos 5 minutos.

Parte original do percurso: Havia um sítio onde se atravessava uma estrada para virar à direita e onde era obrigatório parar, pôr um pé no chão e atravessar se não viessem carros.




Corrida
A corrida não foi brilhante. A minha colega demoreu 23 minutos e eu também- Não conseguia dar mais e o vento frontal matava-me. Já o meu colega também era extremamente rápido e foi o melhor, mais uma vez.

Parte original do percurso: Toda a corrida era na relva e à volta do lago.

Conclusão.

Levantei-me às 5h30 da manhã mas valeu a pena. Foi bastante divertido e é engraçada a sensação de fazer um triatlo partido em pedaços. Por outro lado, ao haver muitos atletas de fora dava para nos apoiarmos uns aos outros o que era bem engraçado.
Além disso, o espírito aqui é muito semelhante ao dos triatlos em Portugal, boa gente.

A nossa equipa no final!
 Acabámos por fazer uma boa prova, muito equilibrada em termos de equipa (ninguém se destacava totalmente). Ficámos em 22ºs de 33 e 6ºs de equipas mistas a pouco mais de um minuto to 4º lugar.

Uma experiência a repetir. Foi sem dúvida o melhor triatlo que já fiz em terras com nomes de carrinhas de 9 lugares.

Foto de grupo

  As fotos são minhas e do meu colega Andrew!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O que por cá se fala

Cambridge é uma cidade internacional, não sei bem qual a percentagem de não-ingleses, mas é certamente elevada.
 Pelas rua ouvm-se falar diversas línguas, inclusive o inglês.
 À parte do inglês o mais ouvido, é sem dúvida, o espanhol. A comunidade da América latina e espanhola está bem presente e por incrível que pareça sabe bem falar espanhol de vez em quando para matar saudades.
No entanto, apesar de os Portugueses em geral gostarem muito de Cambridge, o mesmo não acontece com os espanhóis. Conheço alguns cujo sonho era mesmo viver em Portugal e quem tenha ido embora fartinho de cá estar.
 



Graffiti tipicamente espanhol num viaduto de Cambridge

É engraçado, porque tal como a maioria dos portugueses nunca fui muito à bola com os espanhóis, mas com o tempo percebemos que até são o povo mais parecido connosco, sabe-se lá porquê e sabe bem de ve em quando exercitar o castelhano.
Eu tenho bastantes colegas espanhóis e até um Galego, que não fala Galego mas é o único que percebe português.
A Leonor não trabalha com nenhuma espanhola, mas tem uma colega Catalã que sabe falar português e catalão mas diz que não gosta de falar Castelhano. Se ela escrevesse graffitis acho que trocava a palavra "ingleses" da foto acima por uma outra nacionalidade que eu cá sei.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Um passeio a... King's Lynn

Hoje vamos começar a descrever os nossos passeios turísticos pelas Ilhas Britânicas.

King's Lynn não tem mar, mas gostam de enganar o pessoal com barcos e gaivotas

Miguel (M): Nada melhor que começar por King's Lynn que significa Linha do Rei em Português.
Leonor (L): Na verdade só escolhemos este destino porque era um sítio relativamente perto para ir num Domingo em que não acordámos cedo (e portanto só nos restava a tarde para passear).

M: King's Lynn já se chamou Bishop's Lynn mas quando decidiram tirar a tosse aos Bispos católicos mudaram o nome para rei.
L: Há inclusivamente lá uma igreja que parece a Sé Velha de Coimbra na parte de trás.

Igreja parecida com a Sé Velha de Coimbra na parte da frente


M: Fica na margem direita do Rio Great Ouse e por isso recebe as águas de Cambridge. Eu próprio reparei numa tainha que tinha visto ontem junto ao Jesus Green.
L: Os únicos peixes que eu vi estavam numa escultura.



M: Usando um guia que arranjámos na estação demos uma volta pela vila e conhecemos os seus monumentos mais importantes, que basicamente eram casas de tijolo com diferentes formas. Gostei particularmente da Greyfriars Tower (uma torre de tijolo do Século XIII a XV), da Town Hall (o Hall da Vila, mas que ficava longe da porta de entrada, o que não faz muito sentido) e a frente ribeirinha (com casas em tijolo).
L: Uma fábrica de tijolo é que era um bom negócio para abrir por lá!

A Torre de Tijolo que o Miguel falou

M: De destacar ainda a maior capela inglesa que basicamente é uma igreja grande a que chamaram capela só para ficarem com o título e receberem turistas à custa disso.
L: Mas tem uma cúpula em bico de madeira que se vê ao longe.

M: Infelizmente visitámos a vila num domingo e os monumentos e museus estavam todos fechados. Sim, o dia ideal para fecharem, ou já alguma vez viram turistas ao domingo? Nós só vimos 2.
L: Também vimos 2 portugueses!
M: Mas eram gunas Lisboetas

Não sabemos se se trata de um turista


M: Mas fora os turistas também não vimos muito mais gente, o que leva a pensar que foi tudo embora e que o Maior porto de Inglaterra na idade média tinha agora a viver só meia dúzia de gatos pingados (sim, choveu um bocado).
L: Sim, fez-me lembrar Portugal em geral. Foi toda a gente embora... Só que as pessoas são bem dispostas e não têm o ar deprimido actual dos portugueses.

Ótima cidade para tirar fotos sem ninguém
Mais fotos no facebook.

Classificação (de 1 a 5, M/L):
Monumentos 3 / 3
Beleza Natural 2 / 4
Cidade 3 / 3
Espaços Verdes 3 / 4
Limpeza 4 / 4
Simpatia dos Habitantes 4 / 4
Média: 3.42 (Satisfaz)
Custo: £4.60 (Comboio) + Sandes levadas de casa
Tempo para visitar: 6h (inclui viagem)
Valeu a pena? Sim

sábado, 10 de maio de 2014

Nova colaboradora!

Pois é, este blogue anda um bocado adormecido e para o acordar nada mais nada menos que uma nova colaboradora. Leonor Natário Correia, chegada a Cambridge em Janeiro e já cheia de histórias para contar!










Até já esteve na casa do Shakespeare!