quinta-feira, 19 de junho de 2014

O mundial em Cambridge e arredores

 


Cambridge não é uma cidade muito dada ao futebol. A melhor equipa da cidade (Cambridge United) tem iniciais que fazem lembrar o futebol português segundo o Bruno Carvalho o que afasta as pessoas dos estádios devido ao mau cheiro.
Mesmo assim acabaram de subir à quarta divisão e defrontar equipas de renome como o falido Portsmouth.



A paixão pelo futebol não é muita ao longo do ano, mas durante o Mundial tudo muda e o ambiente que se vive é em tudo semelhante a Portugal. Grandes catálogos de televisões, marcas de cerveja por todo o lado e concursos que oferecem viagens e bilhetes para os jogos.

Existem contudo duas diferenças importantes:

As Transmissões Televisivas. Aqui tudo passa em canal aberto, alternando a transmissão entre a BBC 1 e a ITV 1 o que permite qualquer adepto de futebol empanturrar-se facilmente um Camarões - Croácia ou um Costa do Marfim - Japáo. Para além disso a cobertura está a milhas (aqui medem-se assim as distâncias) da portuguesa. 2 comentadores em todos os estádios, programas de análise antes, no intervalo e no final e comentadores que percebem de bola.
Gary Lineker é o pivot da BBC e a ele juntam-se jogadores Thierry Henry, Clarence Seedorf ou Rio Ferdinand. Não há cá Tadeias nem Ruis Santos.

A confiança na selecção não é Maniaco-depressiva. Ninguém estava eufórico no início. Todos achavam que a selecção não valia nada antes de começar o mundial e depois de perderem com a Itália até passaram a achar que nem jogaram assim tão mal. Apenas gostam de ver a bola a rolar e é para isso que servem os mundiais.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

PRUHealth World Triathlon London - Open Race


Publicado em conjunto com o Vou de bicicleta...





O meu segundo triatlo do ano em terras britânicas foi em grande. No dia seguinte a todas as grandes estrelas da modalidade terem feito uma prova memorável terminada ao Sprint com Mário Mola a vencer e João Pereira em terceiro lugar, o Hyde Park abria-se a todos os triatletas.
Durante todo o dia, das 8 da manhã às 7 da tarde, partiam de 10 em 10 minutos séries de cerca de 80 triatletas dispostos a correr num percurso quase igual ao da prova de elite.
Toda a estrutura do Campeonato do Mundo estava montada. O pontão no Serpentine, os tapetes azuis, as bancadas, a maior feira de triatlo que já vi, as barreiras nas ruas interiores do parque, a zona VIP e o público (aposto que não saíram do lugar durante a noite toda à espera que eu partisse às 15:10.

Natação (750m):



Apenas com cerca de 80 nadadores, a natação correu bastante bem, sem confusões, mantendo um bom ritmo e sem me perder, fiz uma prova regular e terminei com um excelente tempo de 14:19. Num ano em que tenho treinado menos natação, os resultados que tenho tido, sobretudo em, sprints acabam por ser surpreeendentes.

1ª Transição
Como isto era uma prova com mesmo muita gente, era necessário um grande espaço para o parque de transição. Na realidade este estava a uns bons 50 Km da saída da água, pelo que levei quase cinco minutos a passar da água para a bicicleta.

Ciclismo (22.5 km)
Foi aqui que me apercebi do nível real dos atletas. Eu, com a minha Cosmos de 15 anos, fartei-me de ultrapassar ciclistas. Andava a mais 10 km/h do que a maioria deles e só fui ultrapassado por 3. O percurso era fácil e rápido por isso pude puxar bem e no final dos 22.5 km tinha demorado 41:02. Um tempo excelente tendo em conta que não pude fazer uma transição rápida porque tinha botas de ciclismo e não de triatlo, porque a bicicleta era a minha de uso diário e não estava bem afinada e, por fim, porque não se podia andar na roda. Foram quase 33 km/h de média, o que é muito bom.


2ª Transição
Uma vez mais uma longa transição que demorou 2:39. Se não fosse o tempo que demorei nestas duas (quase 7 minutos) tinha sido um resultado ainda melhor.

Corrida (5 km )

A corrida não foi brilhante, mas também não se pode ter tudo. Uma vez mais era bem mais rápido que a maioria, mas podia ter feito melhor. AInda assim ultrapassei um atleta que me tinha passado no ciclismo e era da minha série, portanto ganhei um lugar, mas 22:39 num poercurso que não chegava aos 5km é um tempo que não me satisfaz.

Conclusão
Na recta da meta, em frente a muito público nas bancadas e enquanto me aproximava de um velhinho dos seus oitenta anos que devia ter partido meia hora antes de mim, os speakers lá disseram que tínhamos um sprint e eles adoravam sprint. Lá disseram o meu nome e do velhinho e eu lá meio envergonhado ultrapassei-o e sprintei para a meta. Acho que devia ter vergonha da minha pessoa.
O que melhor posso reter desta prova foi que me diverti imenso e que aqui há muito mais gente a praticar triatlo e de uma forma bem mais descontraida. Em Portugal o Triatlo ainda é visto como um desporto para homens de ferro, mas aqui não, vi velhinhas, crianças, gordos, magros e tudo numa enorme descontração.
É um pouco o que acontece agora nas corrida em Portugal. O triatlo democratizou-se e é um desporto para todos. Espero que seja asism em Portugal. Foi engraçado que numa prova com mais de 1000 pessoas acabei por ficar num lugar muito próximo dos que alcancei em Portugal em provas de 400. Ou seja, continuo a ter os mesmos à minha frente mas ganhei centenas de amigos que ficam atrás de mim. E isso é bom.
Os resultados foram os seguintes:

323º em 1370 geral
 296º em 930 masculino
 60º em 184 no Age Group 30-34

Os resultados estão aqui.

Aqui podem ver a minha chegada à meta num pequeno vídeo que eles me queriam vender por achar que sou rico.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Almoço Alumni FEUP UK

"O Grito De Quem Não Gosta De Engenharia Civil" Obra do próprio PVP £6.000.000

No último sábado participei no jantar de antigos alunos da FEUP no Reino Unido que contou com 25 presenças. Um número grande mas que não representa nem de perto nem de longe o total de alunos existentes um pouco por todo o reino. Apenas os que residem perto de Londres como eu.
O almoço era no restaurante Mar Azul, um belo nome para um restaurante na Póvoa de Varzim ou para Stockwell neste caso. Sempre gostei de nomes absurdo e Mar Azul é uma ironia espectacular. Não só o mar fica a uns bons 60 km (fui ver ao Google Maps) como todos sabemos que o Mar do Norte não é azul mas castanho.
Felizmente em termos de comida não é irónico e foi até hoje o melhor restaurante português que visitei em Inglaterra. Ok, só fui a 3, mas aquela foi a melhor espetada madeirense que comi fora da Madeira. Ok, só comi duas. Mas pronto estava muito bom.
Logo de seguida houve 3 apresentações, ficando eu responsável pela segunda.
Como podem ver pelo quadro acima, investi bastante na arte, dado o jeito para as artes visuais que me acompanha desde pequeno.



Eu e o meu quadro atrás de mim
Foi uma apresentação muitop pessoal, talvez a primeira que fiz nestes termos mas diverti-me imenso e a Leonor também fez uma perninha de actriz. Podem consultá-la a seguir, mas não devem perceber muito sem eu falar. Para mim as apresentações servem para o momento e não para serem partilhadas na net. Talvez um dia destes partilhe aqui o vídeo para que a percebam melhor.



Foi também óptimo ver as restantes apresentações, que mostraram outras perspectivas: o Paulo Gomes, que planeou bem a emigração e onde tudo correu bem e o Nuno Torpedo que veio à aventura, arriscou e teve os melhores resultados possíveis. Para além disso, na conversa com os outros colegas havia sempre um denominador comum: "Estamos melhor cá do que lá". E é sem dúvida verdade, senão já nos tínhamos ido embora.