
Quando vim para Inglatera achei que
vinha para a terra de Sua Majestade. E que a Majestade que cá
reinava era a chuva. E o primeiro dia confirmou essa ideia. Saí do
sol e dos 30 e tal graus de agosto no Porto e passei para a chuva
torrencial e pouco mais de 10 graus.
Mas afinal estava enganado. Desde aí
andei quase todos os dias de bicicleta e apenas precisei de utilizar
umas calças impermeáveis 3 ou 4 vezes, isto porque quase nunca
choveu. Ou melhor, até choveu quase todos os dias, mas com pouca
intensidade e apenas alguns minutos por dia.
Se formos ver as estatísticas do clima, em Cambridge chove menos do que no Porto e em Lisboa, por
exemplo.
A chuva, por isso não é um problema,
antes pelo contrário, disse adeus àqueles dias em que chove
intensamente de manhã à noite.
Isto acontece porque vivo numa zona
extremamente plana e de baixa altitude. Assim, o ar húmido que vem da costa, não sobe e precipita. Para começar a subir montanhas tem
que atravessar a Inglaterra toda até Gales e só aí para esses
lados é que temos um clima ultra-chuvoso. Ou então mais para norte,
por influências das áreas montanhosas escocesas.
Não chover muito não implica um clima
perfeito. Mas também não estava à espera de tanto frio. Em setembro,
pelas 8 da manhã cheguei a enfrentar temperaturas de 6 graus e no
pico de janeiro cheguei a ter temperaturas agradáveis de 10 graus
negativos com máximas de 8 negativos. Curiosamente senti mais frio
no dia anterior, apenas com 5 graus negativos. Estava vento e a
humidade devia ter valores diferentes. Este sítio representa bem
estas sensações diferenciando a temperatura real do Realfeel.
E como falamos em vento e humidade.
Como é uma zona plana, volta e meia está uma ventania terrível,
que mal se pode aguentar em cima da bicicleta. Já nevoeiro... Isso é
um mito em Cambridge.
Sem comentários:
Enviar um comentário